Em 25 estados têm atos contra impeachment de Dilma
Manifestações em São Paulo |
Em
25 estados realizaram na sexta-feira (18/03) manifestações em apoio
à presidente Dilma Rousseff, com a maior concentração na Avenida
Paulista, em São Paulo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva discursou. Com bandeiras e cartazes eles ocupam o vão-livre do
Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Manifestações pró-governo foram marcadas em mais de 30 cidades do país para última sexta-feira, numa tentativa de demonstrar força após os protestos contrários do domingo (13/03).
As manifestações estão sendo organizadas pelo PT e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), UNE (União Nacional dos Estudantes), além da Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 organizações.
Manifestações em São Paulo |
"Temos
um grande desafio: chegar às ruas em todo o país, no dia 18, na
sexta-feira, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma,
contra o golpe e por mudanças na economia", afirmou o
presidente do PT, Rui Falcão, ao convocar a militância do partido.
Em
comunicado, os organizadores do ato pró-governo dizem que querem
afastar a possibilidade de um golpe de Estado e demonstrar apoio às
políticas sociais de Dilma. O PT confirmou a presença do
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na manifestação em São
Paulo, marcada para as 16h (hora local).
No Rio de Janeiro |
A manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reúniu manifestantes na Praça XV, no centro do Rio, que carregam faixas e bandeiras com mensagens de diversos setores da sociedade. Muitas defendiam a permanência da presidenta Dilma Rousseff e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ministro Lula estamos com você". Outras pedem ainda a saída da presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha. # Fora Cunha # Fica Dilma.
A
servidora pública, Marisa Justino, 55 anos, do coletivo da Unegro
LGBT do Rio de Janeiro disse que o grupo participa com 15
integrantes, mas outros estão a caminho. "Estamos aqui para
garantir a governabilidade da presidente. Ela venceu nas urnas e
precisamos garantir a governabilidade de um país democrático. Aqui,
a gente não está por conta de partido, nem por conta de candidato e
nem por conta de político. O nosso principal motivo hoje é garantir
a democracia que está sendo amaçada", disse.
A manifestação contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reúniu manifestantes na Praça XV, no centro do Rio, que carregam faixas e bandeiras com mensagens de diversos setores da sociedade. Muitas defendiam a permanência da presidenta Dilma Rousseff e apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ministro Lula estamos com você". Outras pedem ainda a saída da presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha. # Fora Cunha # Fica Dilma.
Manifestações no Rio de Janeiro |
Para a atriz Letícia Sabatella, que participa do ato, a pauta comum neste momento é lutar pela democracia e combater a corrupção, mas não a
que atinge apenas um grupo. "Vamos fazer uma reforma política,
vamos lutar por esta reforma para que a gente limpe todos os focos de
corrupção. E não apenas pegar um bode expiatório e dizer que esse
é o grande corrupto. Vamos olhar onde está a corrupção, ver
porque ela existe e porque o sistema funciona desta maneira",
afirmou.
O
diretor do sindicato de petroleiros do Norte Fluminense
(Sundipetro-NF), Tadeu Brito, disse que petroleiros de Campos e Macaé
também está na manifestação. Ele trabalha na plataforma P-55, e
disse acreditar que, "além de um ataque ao governo federal, há
um ataque aos trabalhadores. Hoje é a defesa de um projeto eleito há
13 anos".
O
tenente coronel Wagner, comandante do 5* BPM, que está à frente do
esquema de segurança, disse que estão no local policiais de quatro
batalhões, além da 1* Companhia Independente da Polícia Militar.
Ele calculou que havia duas mil pessoas no local por volta das 17h. O
número de pessoas que chegaram foi grande e a expectativa dos
organizadores é ampliar esse número ao fim do expediente de
trabalho. "Além dos que estão aqui, temos esquema na
Assembleia Legislativa (Alerj), no Tribunal de Justiça e na
Cinelândia. São outros apoios que estão nestes pontos principais.
Temos a Polícia de Choque, mas só para casos de necessidade,
mediante a acionamento, para ajudar na dispersão", informou.
De
acordo com o coronel, logo no início, houve bate boca entre três
militantes contra o governo que estavam na porta da Alerj, mas tudo
foi contornado. "Alguns manifestantes que passaram por aqui se
sentiram afrontados, e nós conversamos com os três, e eles se
retiraram sem reclamar e sem promover qualquer tipo de ofensa. E não
houve mais nenhum tipo de problema." A manifestação foi
pacífica.
No
meio dos manifestantes, um grupo de quatro turistas holandeses queria
saber o que estava acontecendo. O guia de turismo Johannes Hofstee,
disse que explicou a eles o momento político do Brasil. Ele contou
que as duas mulheres e dois homens do sul da Holanda já conheciam a
figura política de Lula e que estavam achando interessante a
manifestação popular.
Em Salvador
Militantes,
estudantes, centrais sindicais e movimentos sociais da Bahia realizam
um ato contra o impeachment em Salvador desde o início da tarde de
sexta-feira."Não vai ter golpe" é uma das frases mais
repetidas nas vozes e cartazes de mais de 50 mil pessoas, de acordo
com números da Polícia Militar, que acompanhava a passeata. Do
Campo Grande, região central da cidade, as pessoas seguem em direção
à Praça Castro Alves, onde o evento será encerrado.
Bandeiras
de movimentos sociais e frentes populares, cartazes e faixas eram
levados pelos manifestantes que se vestiam, em sua maioria, de
vermelho e branco. Entre as palavras de ordem, algumas em apoio ao
governo da presidenta Dilma Rousseff, contra o impeachment e também
contra o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na
primeira instância.
Estudante
de Serviço Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Lilian
Oliveira informou que participou da manifestação para mostrar o
poder do movimento feminista na luta. "Sabemos que, sem
democracia, as primeiras a sofrer e ser violentadas seremos nós
[mulheres]. Sem democracia, não se conquista direitos",
acrescentou Lilian, de 32 anos, que integra a Marcha Mundial das
Mulheres.
Representantes
de movimentos sociais vieram de cidades do interior do estado para
participar do evento. Maria da Graça Brito é remanescente do
Quilombo Tabuleiro da Vitória, da cidade de Cachoeira, no Recôncavo
Baiano. De acordo com ela, é importante as mulheres negras estarem
"lutando pela democracia".
"Temos
uma história de resistência e uma dívida histórica do Brasil
conosco. Estamos aqui para mostrar que podemos e sabemos lutar pela
democracia, que está sendo ameaçada o tempo todo. Estamos
mobilizados para não permitir arbitrariedades e a derrubada de uma
mulher eleita democraticamente", afirmou Maria da Graça.
Acompanhando
a "passeata pela democracia", como denominam os
organizadores, um trio elétrico carregou as bandeiras do Brasil e da
Central Única dos Trabalhadores (CUT)."Hoje é dia de festa
para a democracia, porque a população brasileira quer defender o
país e quer que continue a distribuição de renda e a inclusão
social. As pessoas vieram dizer sim à democracia e não ao golpe.
São homens, mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, jovens e
crianças dizendo não ao golpe", informou o presidente da CUT
na Bahia, Cedro Silva.
Adesivos
com a frase "Nao ao golpe" e máscaras satirizando o juiz
Sérgio Moro (que aparece com um nariz de tucano, em referência ao
PSDB) foram distribuídos entre os manifestantes, que seguem a
caminhada cantando e tocando tambores.
Durante
o percurso, na Avenida Sete de Setembro, estudantes e integrantes da
Frente Popular da Juventude realizaram um jogral, encerrado com a
frase "Dizemos não ao golpe e seguiremos em marcha"
Brasília
Manifestantes
a favor do governo Dilma Rousseff e contra o processo de impeachment
que está sendo apreciado pelo Congresso Nacional se reúnem na tarde
de hoje (18) no Museu da República, no início da Esplanada dos
Ministérios. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular, e os
manifestantes levam cartazes com frases de apoio à Dilma e ao
ex-presidente – e “quase” ministro da Casa Civil – Luiz
Inácio Lula da Silva e contra o que chamam de “golpe”.
A
estimativa da Polícia Militar, às 17h15, era 500 pessoas. Às
17h50, no entanto, um grande grupo de militantes ligados ao Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra chegou ao museu.
Rodrigo
Rodrigues, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores do
Distrito Federal (CUT-DF) defende um trabalho mais abrangente do
Congresso e que as discussões sobre o impeachment fiquem em segundo
plano. "Esse é um ato em defesa da democracia, contra o
golpismo e o fascismo que está explodindo no país. Estamos
defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de discutir
só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe
trabalhadora", disse.
O
servidor público Pedro Rodrigues, 50, acha que Lula está sofrendo
uma “injustiça”. “O que me trouxe aqui foi ver a injustiça
que está sendo feita com o companheiro Lula. Não estão dando
direito de defesa para ele”.
Pedro
de Alcântara, servidor público, 69, disse que veio para a rua
defender a democracia e questiona a integridade política da oposição
no Congresso. "Acho que temos que defender a democracia e contra
o impeachment, que não vai resolver. Quem está errado tem que
pagar, mas do lado de lá, sabemos o que eles fazem", disse.
Para
Alcântara, se houver provas de que Lula cometeu algum crime, que a
justiça seja feita. "Sobre o Lula eu tenho dúvidas (se ele é
culpado de algum crime), se ele tiver culpa, que se apure, que venha
à tona".
Mais imagens:
Em BH |
Em Belo Horizonte |
Em BH |
Manifestações em
Belo Horizonte, MG
Em BH |
Em Natal |
Em Aracaju |
Em Maceio |
Em Maceio |
Em Recife |
Em Curitiba |
Em Teresina |
Em Floripa |
O Brasil está aprendendo o agir democraticamente, respeitando o direito do outro.
Parabéns Brasil.
Fonte:
Deutsche
Welle e
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é sempre bem-vinda!