Da Redação do Senado
O
Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (22) o Projeto de Lei
da Câmara (PLC) 3/2016, que autoriza pacientes com câncer a usarem
a a fosfoetanolamina sintética antes de seu registro na Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O projeto foi aprovado
na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) no dia 17 de março e segue
agora para sanção presidencial.
Pelo
texto, do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), o paciente deve
apresentar laudo médico que comprove o diagnóstico e assinar termo
de consentimento e responsabilidade. O uso da substância é definido
como de relevância pública.
O
projeto autoriza produção, importação, prescrição, posse ou uso
da substância independentemente de registro sanitário, em caráter
excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos acerca do
produto. Para produzir, importar, prescrever e distribuir a
substância, os agentes precisam ser regularmente autorizados e
licenciados pela autoridade sanitária competente.
Utilização
A
fosfoetanolamina é uma substância que imita um composto que existe
no organismo, identificando as células cancerosas e permitindo que o
sistema imunológico as reconheça e as remova. Pesquisas sobre o
medicamento vêm sendo feitas pelo Instituto de Química de São
Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), há cerca de 20 anos. O
órgão fazia sua distribuição de forma gratuita.
Em
2014, a droga parou de ser entregue, depois de uma portaria da USP
determinar que substâncias experimentais deveriam ter todos os
registros antes de serem liberadas à população. Sem a licença,
pacientes passaram a conseguir a liberação na Justiça, por meio de
liminares. Em nota divulgada à imprensa, a Anvisa informou não ter
recebido nenhum pedido para realização de ensaios clínicos ou
solicitação de registro dessa substância, manifestando preocupação
com o uso de medicamentos sem a devida autorização.
Senador Ivo Cassol comemora
O senador Ivo Cassol (PP-RO) comemorou, nesta terça-feira (22), a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 3/2016, que autoriza pacientes com câncer a usarem a fosfoetanolamina sintética antes de seu registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ivo agradeceu a todos os parlamentares e todos os envolvidos na aprovação da proposta e pediu à presidente da República que sancione o quanto antes essa lei.
Cassol afirmou que não é verdadeira a declaração do doutor Drauzio Varella de que o composto ainda não foi testado em humanos e criticou os profissionais que se posicionaram contra um projeto que, segundo ele, trará esperança a milhares de pessoas que sofrem com o câncer e não possuem alternativas de tratamento.
— O câncer mutila as pessoas. Tira a dignidade e o brio. Só de saber que tem câncer a pessoa tem depressão. Aí vejo alguns profissionais da saúde preocupados somente com o dinheiro de seus clientes e se posicionando contra o projeto — lamentou.
Pelo texto, do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT-MG), o paciente deve apresentar laudo médico que comprove o diagnóstico e assinar termo de consentimento e responsabilidade. O uso da substância é definido como de relevância pública.
Fonte: Agência Senado
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