sábado, 30 de julho de 2016

Cinco erros comuns praticados por pessoas endividadas (e como evitá-los)

Por Cleiton Oliveira

A maioria das pessoas endividadas pratica alguns erros comuns, porém não se dão conta porque esses erros já se transformaram em hábitos. Infelizmente, esses comportamentos só levam a um único caminho: a inadimplência.

Uma conta atrasada que logo é postergada para o próximo mês, um gasto de emergência que não estava previsto em seu orçamento, compras impulsivas e gastos descontrolados são alguns dos muitos erros praticados por pessoas endividadas.

Você já viveu situações assim? Então este texto é para você! O consumo excessivo e a falta de planejamento financeiro contribuem para o descontrole do orçamento e, consequentemente, para que todos os meses você tenha a impressão de que seu salário não é suficiente, pois você gasta muito mais do que ganha.

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Para alterar esse cenário apocalíptico, não é necessário cortar totalmente o seu consumo; o problema é gastar de forma desenfreada com produtos ou serviços que não agregam valor à sua vida e, ainda mais se estes gastos não estiverem dentro de seu orçamento.

Apresento abaixo os 5 principais erros praticados por pessoas endividadas e como reverter tal situação:

Erro 1: Falta de planejamento financeiro
Muitas pessoas que acompanhamos no dia a dia não utilizam um planejamento financeiro, e a ausência desta ferramenta é uma causa muito comum de dívidas e mais dívidas.

Para sanar este problema, você deve utilizar uma planilha de orçamento mensal. Por meio desta planilha você saberá exatamente onde está gastando o seu dinheiro e nunca mais ficará a mercê dos acontecimentos.

O planejamento financeiro fará com que você gaste conforme seus objetivos. Através deste planejamento você irá identificar o que priorizar dentro de seu orçamento (objetivos e sonhos de curto, médio e longo prazo).

Compreender os limites de seu orçamento é o primeiro passo para sua transformação financeira. É importante criar o planejamento e segui-lo à risca.

Erro 2: Não monitorar o orçamento
Monitorar o orçamento é fundamental para manter as contas em dia e identificar onde você está gastando o seu dinheiro, ganho com muito suor.

Por meio desse monitoramento, você visualizará detalhadamente o seu orçamento, pois será necessário anotar desde os grandes até os pequenos gastos como o cafezinho ou gorjeta.

As pessoas chegam ao final do mês sem dinheiro porque não conhecem o seu orçamento; conhecem somente os gastos corriqueiros e de maior valor, porém são os pequenos gastos que podem criar um rombo.

Nesta hora, o cheque especial é utilizado como uma extensão da renda, o que faz aumentar ainda mais o buraco financeiro, pois assim como o cartão de crédito, os juros do cheque especial estão entre os maiores do mercado.

Para não cair nessa armadilha financeira é fundamental utilizar algum meio para controlar o seu orçamento. Esse monitoramento pode ser feito em um caderno, agenda ou em uma planilha financeira.

Erro 3: Gastar por impulso
Gastar mais do que ganha só pode levar a um único caminho: dívidas e mais dívidas. As pessoas endividadas possuem o hábito de gastar em excesso sempre em busca da satisfação imediata.

Elas não conseguem adiar a vontade de comprar e, por isso, estão sempre passando por problemas financeiros. Para aumentar esse controle em relação aos gastos, é importante pensar nos objetivos de curto, médio e longo prazo.

Leitura recomendada: Reclamamos da dívida do governo, mas vivemos endividados. Normal?

Com os objetivos definidos você pensará duas vezes antes de gastar por impulso. Basta efetuar a seguinte pergunta: caso adquira esse produto ou serviço, eu estarei mais próximo ou mais distante de meu objetivo?

Através dessa simples questão você estará refletindo se esse objeto de desejo está de acordo com seus objetivos e sonhos traçados, e quando será possível conquista-lo.

Erro 4: Utilizar os créditos mais caros e fáceis
As pessoas endividadas geralmente possuem dívidas nas modalidades mais caras: o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito. Tendo dívidas no cheque especial e cartão de crédito, a chance de agravar ainda mais sua situação é muito alta.

Não tendo a necessidade de ficar cara a cara com o gerente, por se sentir constrangido em relação as dívidas, as pessoas priorizam a utilização dos créditos mais caros por conta desta comodidade.

Porém, essa facilidade prejudica em muita a situação das pessoas que não conseguem manter suas contas em dia. Devido aos altos juros dessas modalidades, o que era uma simples postergação do pagamento pode se tornar uma “bola de neve”.

A melhor alternativa é sempre buscar as modalidades de crédito mais baratas que as praticadas pelo cheque especial e cartão de crédito, tais como: empréstimo consignado, empréstimo pessoal ou crédito direto ao consumidor.

Erro 5: Acreditar em promessas de “limpar o nome” sem pagar a dívida
Há muitos anúncios em sites tipo “Consultas a SPC e Serasa a partir de R$ 10” ou coisa assim. Essas propagandas são comuns pelas ruas e pela internet, mas em muitos casos representam um gasto totalmente inútil.

Isso porque o consumidor não precisa pagar para saber como anda sua situação nos cadastros de proteção ao crédito. É seu direito ter acesso a essa informação gratuitamente.

Muitas empresas oferecem a opção de limpar seu nome sem a necessidade de quitar as dívidas. Isso não existe! Trata-se puramente de um golpe, afinal não existe mágica quando o assunto é eliminar as dívidas: é necessário efetuar o pagamento das mesmas para se livrar delas.

Vídeo recomendado: Como acabar com as Dívidas em 5 Passos

Conclusão
Você já praticou ou pratica alguns desses erros cometidos pelas pessoas endividadas? Caso esteja neste grupo, calma. Agora que você conhece os principais erros, pratique a educação financeira para enfrentá-los e leia também o guia especial “Eliminar Dívidas” que criei recentemente. Obrigado e até a próxima!”
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Cleiton Oliveira 
Life Coach, Educador Financeiro, Especialista em Investimentos e autor do livro "Economizar sem perder o prazer de viver". Mantém o site: www.economizareviver.com

Fonte: dinherama

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