segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Bem diferente do Brasil: deputados norte-americanos devem avaliar pedido de impeachment de Trump nesta semana

 No Capitólio, no dia da invasão dos apoiadores de Trump, políticos se abaixam, alguns até se deitaram

Por Ana Lúcia Dias

Os deputados norte-americanos devem avaliar nesta quarta-feira a possibilidade de impeachment do presidente Donald Trump, os deputados precisam de 214 votos para aprovar o afastamento de Trump. E depois, o pedido deve ir para o senado, que está agora equilibrado quanto ao número de republicanos e democratas.

Mas há políticos que dizem que isso iria atrasar o que Joe Biden precisa fazer ao assumir a presidência dos EUA, no próximo dia 20. Ele precisa de medidas urgentes para conter o crescimento da transmissão e as vidas perdidas devido a pandemia. Os EUA é o país em que a pandemia está descontrolada e os casos e óbitos assustam, mesmo com a vacinação.

Como no EUA o processo de impeachment é bem rápido, pode levar no máximo de 2 a 3 dias. Bem diferente do Brasil, que leva anos. O presidente ainda da Câmara, Rodrigo Maia com cerca de 50 pedidos de impeachment do Bolsonaro passa a bola para o Baleia Rossi, que seguindo a mesma retórica de Maia, diz que ainda não é momento de colocar em pauta (votação) o pedido de impeachment do Bolsonaro.

Não adiantou nada a sociedade brasileira assinar abaixo assinados, pedindo o impeachment de Bolsonaro, embora eles, os deputados deveriam como "representantes do povo", deveriam, mas não é assim que agem, infelizmente. A crise sanitária que o Brasil está passando com mais e mais casos e vidas perdidas em função da pandemia, acontece primeiro, em meio a uma crise política.

Mas voltando aos EUA, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi pressionou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, a fazer valer a 25ª Emenda da Constituição norte-americana, a que trata do impeachment. 

Mas alguns representantes no capitólio norte-americano preferem esperar os 100 dias de governo de Joe Biden para colocar em pauta o impeachment de Trump, de modo que ele não possa concorrer as próximas eleições daqui a 4 anos. 

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