Será necessário ligar a memória para nos lembrarmos das coisas que precisamos? [Imagem: Mayank Mehta]
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“Pergunte
quais são as maiores preocupações de qualquer pessoa com mais de
40 anos e uma das respostas mais comuns será o medo de perder a
memória."
"Há
algumas maneiras bem conhecidas de manter a saúde - não fumar,
manter-se dentro do peso ideal ou não desenvolver diabetes do tipo
2.
Mas
pode-se fazer algo para realmente melhorar o cérebro? Pesquisadores
britânicos desenvolveram um teste para tentar descobrir.
Exercícios
ou arte
Para
esse teste, feito em parceria com a Universidade de Newcastle, na
Inglaterra, foram recrutados 30 voluntários. Eles foram submetidos a
diversos exames que analisaram memória, habilidade de resolver
problemas e velocidade de reação.
Todos
receberam um monitor de atividade, que mediu o quanto e quando eles
se moviam. Em seguida, os voluntários foram separados aleatoriamente
em três grupos. Cada grupo recebeu uma atividade diferente, que
deveria ser feita durante oito semanas.
A
tarefa para um dos grupos era simplesmente andar rapidamente, a ponto
de ficar quase sem ar, durante três horas por semana. A ideia é que
a caminhada - ou qualquer forma de exercício vigoroso - mantém o
cérebro alimentado com sangue rico em oxigênio.
O
segundo grupo teve que fazer jogos, como palavras cruzadas ou sudoku,
também por três horas por semana. A justificativa é que o cérebro
se beneficia dos desafios.
Finalmente,
o terceiro grupo teve aulas de arte cuja tarefa envolvia desenhar o
corpo de um modelo.
Quem
se beneficiou mais?
No
final do experimento, quase todos no primeiro grupo relataram uma
grande melhoria em seu condicionamento físico - quão fácil passou
a ser uma subida, por exemplo. No segundo, os voluntários acharam os
desafios difíceis no início, mas no final já estavam trocando
dicas de Sudoku. Mas o terceiro grupo mostrou-se particularmente
entusiasmado com a arte.
Os
pesquisadores então refizeram a bateria de testes cognitivos e os
resultados foram bem claros: todos os grupos tinham terminado a
experiência um pouco melhor, mas o de maior destaque era o que tinha
assistido às aulas de arte.
Mas
por que ir a uma aula de arte pode fazer a diferença para coisas
como a memória?
"Aprender
algo novo envolve o cérebro de maneiras que parecem ser a chave. O
seu cérebro muda em resposta a isso, não importa quantos anos você
tenha," opina o psicólogo clínico Daniel Collerton, um dos
especialistas que participou do estudo,
Benefícios
físicos e sociais
Aprender
a desenhar não era apenas um novo desafio para o grupo, mas, ao
contrário das palavras cruzadas e do Sudoku, também envolvia o
desenvolvimento de habilidades psicomotoras.
Capturar
uma imagem no papel não é apenas intelectualmente exigente: envolve
aprender a fazer os músculos na mão guiarem o lápis ou o pincel
nas direções corretas. Um benefício adicional é que ir à aula de
arte significava que durante três horas semanais eles tiveram que
ficar em pé enquanto desenhavam ou pintavam.
Ficar
de pé por longos períodos é uma boa maneira de queimar calorias e
de manter o coração em boa forma.
A
aula de arte também foi a mais ativa socialmente, outra coisa
importante a ser levada em conta para manter o cérebro afiado. Este
grupo reuniu-se regularmente fora das aulas e trocou e-mails.
O
mais provável, segundo os pesquisadores, é que qualquer atividade
de grupo que envolva ser ativo e aprender uma nova habilidade ajude a
impulsionar o funcionamento do cérebro.”
Fonte: Diário da Saúde
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