Imagem de microscopia 3-D mostrando ilhotas pancreáticas
transplantadas sob a pele com uma rede de vasos
sanguíneos de suporte (verde). [Imagem: Sefton Lab]
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Redação do Diário da Saúde
Implante subcutâneo
"O "espaço" sob a nossa pele pode ser um ótimo local para tratar o diabetes tipo 1.
Uma equipe da Universidade de Toronto (Canadá) está sugerindo transplantar células pancreáticas saudáveis sob a pele, para que elas produzam a insulina que irá regular a glicemia dos pacientes diabéticos.
Em
pessoas com diabetes
tipo 1,
as células
beta,
fabricantes de insulina, localizadas em regiões do pâncreas
conhecidas como ilhotas
pancreáticas,
não funcionam adequadamente. Implantar novas células saudáveis
pode restaurar a função de produção da insulina, mas é difícil
colocá-las no lugar certo.
"A
localização acessível da pele torna o transplante de ilhotas muito
mais gerenciável, especialmente se o paciente responder
negativamente às células doadoras. O espaço sob a pele possui uma
área grande, de forma que ela pode acomodar muitas ilhotas, o que é
necessário para essa abordagem," explica o professor Alexander
Vlahos.
Na
verdade, o implante sob a pele irá requerer bem menos células
doadoras do que o método atual de implantação porque cerca de 60%
das células transplantadas para o fígado são perdidas nas
primeiras 48 horas. Isso exige de dois a três doadores para cada
receptor.
Rede
de vasos sanguíneos
Nos
primeiros testes com a nova abordagem, os níveis normais de açúcar
no sangue foram restaurados no prazo de 21 dias após o transplante,
desde que os médicos também criassem os vasos sanguíneos para
alimentar as novas células. Quando as ilhotas transplantadas foram
removidas, os níveis de glicose retornaram aos níveis diabéticos.
O professor Vlahos reconhece que esses resultados promissores marcam apenas o início do desenvolvimento da técnica, uma vez que as ilhotas pancreáticas, que compreendem aproximadamente 1% do pâncreas, requerem de 15 a 20 por cento do fluxo sanguíneo para o órgão.
"A
próxima fase da nossa pesquisa envolverá primeiro a construção da
rede de vasos sanguíneos e, em seguida, a injeção de menos ilhotas
no tecido já vascularizado. Um ambiente bem vascularizado permitirá
que mais células sobrevivam e funcionem dentro do hospedeiro,
reduzindo a necessidade de múltiplos doadores por paciente,"
acrescentou o Dr Michael Sefton, coautor do experimento.
Fonte: Diário da Saúde
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