Redação: AFP
"O Macri não só destrói o povo e agride a classe trabalhadora argentina (...), mas também é a ponta de lança da agressão e agora o porta-bandeira da busca por um bloqueio econômico, financeiro, comercial e político como o que fizeram a Cuba nos anos 60", disse.
“O presidente da
Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que seu país vai continuar no
Mercosul, apesar da suspensão imposta pelos quatro membros
fundadores do bloco neste sábado, em uma reunião de chanceleres em
São Paulo.
"Não vão tirar a
Venezuela do Mercosul. Nunca. Somos Mercosul de alma, coração e
vida. Algumas oligarquias golpistas, como a do Brasil, ou miseráveis,
como a que governa a Argentina, poderão tentar mil vezes, mas sempre
estaremos aí", respondeu Maduro em declarações à Rádio
Rebelde da Argentina.
A Venezuela foi suspensa
do Mercosul por "ruptura da ordem democrática", em decisão
unânime dos membros fundadores Argentina, Brasil, Paraguai e
Uruguai.
Em suas declarações à
rádio, Maduro acusou o presidente argentino Mauricio Macri de
estimular um bloqueio comercial e político contra seu país.
"O Macri não só destrói o povo e agride a classe trabalhadora argentina (...), mas também é a ponta de lança da agressão e agora o porta-bandeira da busca por um bloqueio econômico, financeiro, comercial e político como o que fizeram a Cuba nos anos 60", disse.
O presidente venezuelano
defendeu a Assembleia Constituinte que foi instalada nesta
sexta-feira e, já no sábado, destituiu a Procuradora-geral Luisa
Ortega, que definiu o governo como uma "ditadura".
A oposição venezuelana
reunida em torno da Mesa da Unidade Democrática (MUD) exige eleições
gerais em suas manifestações que, em quatro meses, já deixaram 125
mortos e considera da Constituinte uma "fraude" para manter
Maduro no poder e instaurar um sistema comunista na Venezuela.
Maduro declarou à rádio
argentina que a Constituinte "foi um bálsamo para a vida social
e política da Venezuela. Uma nova fase foi aberta".
Ele também considerou
que a Venezuela sofre "um dos ataques, dos assédios mais
ferozes que já vimos em 18 anos de revolução bolivariana. Estamos
começando a transitar num novo terreno, um terreno de paz. Vamos
reconquistar a paz, que é o bem mais precioso que temos que cuidar",
afirmou.”
Fonte: AFP
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