Cidade de São Paulo vazia |
"Trabalhadores
de sindicatos, federações e confederações do ramo de transporte
confirmaram adesão à greve em plenária nesta
segunda-feira"
"Paralisação em protesto contra o projeto de reforma da Previdência foi aprovada por trabalhadores das centrais sindicais em ato no dia 1º de Maio"
Por Jacqueline
Lattari
“No
próximo dia 14, data de convocação para a greve geral contra o
projeto de reforma
da Previdência,
a expectativa das principais centrais sindicais do país é de que as
ruas fiquem vazias. A reforma altera pontos importantes, como o fim
da aposentadoria por
tempo de contribuição, obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos
para homens e de 62 para mulheres, aumento do tempo mínimo de
contribuição de quinze anos para vinte anos e acaba com o cálculo
para chegar ao benefício baseado nos 80% dos maiores salários,
entre outros.
Em
São Paulo, entidades ligadas a várias centrais e sindicatos
de motoristas,
metroviários, ferroviários e rodoviários confirmaram adesão à
greve em plenária nesta segunda-feira, 10, no Sindicato dos
Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São
Paulo (SindMotoristas). Trabalhadores de sindicatos, federações e
confederações do ramo de transporte filiados à Central
Única dos Trabalhadores (CUT),
Força Sindical, Nova Central, CTB, Intersindical, CSP-Conlutas,
CGTB, CSB e UGT confirmaram paralisação de 24 horas no dia 14.
Bancários, metalúrgicos e professores em todo o país também vão
cruzar os braços na sexta-feira, de acordo com a CUT.
“A
greve geral vai parar o Brasil porque a reforma da Previdência
proposta por Bolsonaro é perversa e desumana, principalmente com os
mais pobres. Ela significa não só o fim da aposentadoria, mas o
desmonte de todo o sistema de seguridade social. Catorze de junho
será um dia histórico, porque a greve geral está na boca do povo,
em todos os lugares, por conta do rumo caótico que o país tomou sob
Bolsonaro, se apresentou como solução e nada fez, nada propôs. As
pessoas estão vivendo uma enorme crise e questionando o governo, que
não tem proposta de política econômica ao país”, afirma Vagner
Freitas, presidente da CUT.
O
Sindicato dos Metroviários de
São Paulo já havia aprovado em assembleia na quinta-feira, 6, a
participação da categoria na greve geral, a partir da zero hora de
sexta-feira. Serão atingidas as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e
15-Prata. O sindicato tentará também interromper atividades nas
linhas 4-Amarela e 5-Lilás, privatizadas. Em comunicado, o sindicato
da categoria afirma que “a reforma [da Previdência] (PEC 6/2019),
se aprovada, tornará a aposentadoria um sonho impossível para a
grande maioria da população”. A Federação Nacional dos
Metroviários (Fenametro) informou que nas principais capitais do
país haverá paralisação nos serviços de metrô.
O
Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da
Zona Central do Brasil, também decidiu em assembleia, na
quarta-feira 5, aderir ao movimento. A entidade representa os
funcionários das linhas 11-Coral (Luz – Estudantes), 12-Safira
(Brás – Calmon Viana) e 13-Jade (Engenheiro Goulart-Aeroporto de
Guarulhos). O Sindicato dos Trabalhadores de Empresas
Ferroviárias de São Paulo, que representa as linhas 7-Rubi
(Luz-Francisco Morato) e 10-Turquesa (Brás – Rio Grande da Serra),
confirmou adesão à greve em assembleia sexta-feira, 7. Ferroviários
da Sorocabana, que atuam com trens de carga e de passageiros, de
Santos a Campinas e de São Paulo a Presidente Epitácio, também
prometem parar.
A
greve geral foi aprovada pelos trabalhadores no dia 1º
de Maio,
em ato das centrais sindicais, no Vale do Anhangabaú. A orientação
da CUT às confederações, federações e sindicatos filiados em
todos os setores foi aprovar a adesão em suas bases, por meio de
assembleias com trabalhadores. Há categorias que farão assembleias
ainda nesta semana, mas, de acordo com a CUT, a maioria já aprovou a
adesão e vai participar.”
Fonte: Veja.com
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